Corvos Famintos soneto
Não há nenhum conforto na solidão
Apenas os demônios nos consomem
A dor acompanha gemidos sem sons
Lagrimas não rolam no rosto do homem
Insaciáveis as fagulhas do coração
O abandono somente nos traz a fome
Um fogo que queima os braços, as mãos
A beira de um intransponível abismo enorme
Corvos famintos crocitam as poesias
Em meio ao silencio da noite escura
Nas esquinas se ouvem palavras sombrias
Mas no além do tempo se resiste à loucura
Por não ser o único ser em agonia
Apesar de estar sozinho à noite nas ruas