PAX DOMINUS
Que eu caia,
desavisado,
enquanto lúcido
e me espero
lá embaixo,
é bom ter onde cair...
Seja meu túmulo
um tumulto
encefálico
que não distinga
sangue de pinga,
punga da epitete,
sui generis
do largo asfalto
que eu me vá
na roda do carro,
na água da chuva,
é bom ter pronde correr...
Adira-me o espetáculo
a bosta do cavalo,
a linfa do rato
para que Lúcifer,
lendo minha obra,
ache muita graça
e bata sua palma,
pois só tive um senhor
e este foi o cansaço.
Diego Duarte dos Santos