Viver em Agosto
Como um anjo
a miragem
desperta da viagem
o menestrel armado de banjo
Toda homenagem
é uma flor da alma
e se na palma
descubro a imagem
de um nome
que desvenda seu rosto
vale a pena viver em agosto
além da rima e do luar que some
P'ra que a Natureza
invente
em você
a mulher
e a nudez voraz do desejo que te reclama minha
em cólera e paixão paixão e cólera a fome
de você me faz autêntico
como um menino descobrindo o luar
porque depois de conhecer a cobiça que te revela a seiva
posso apenas desejar o que sendo mais que corpo
em você é ritual e entrega da eternidade pelo deleite
do sonho em chamas de cumplicidade e aceite
aceite cúmplice despida n'alma deite