Indivisíveis
Na verdade, tem gosto de amor, porquanto revela leveza.
Algo que em qualquer sabor confessaria a inocência,
trazida em dois sorrisos gêmeos inflamados.
Há amor na forma que esses lábios se esperam,
na forma que se recebem, se frequentam, se convivem.
Aliás, será sempre um empreendimento incompleto
Talvez - por certo -, subsistindo-se pela busca do perfeito.
Há uma tentativa de preencher aquilo que decerto transbordará
Inquietos, ansiosa no abraço e (ele) no cheiro, no beijo.
Remidos de suas matérias, fundidos num nó singular
Manejado por deus(es), visando o perpétuo indivisível.
Isso é amar.