Flor
A flor reapareceu quando eu menos esperava; a flor reapareceu quando eu mais queria; a flor que amava o silêncio e me desejava; a flor que perseverava e amava todos os dias o colorido do amor.
Via nos astros e estrelas a vida que o amor desejava, do nada vieram à tona hastes infinitas, a flor que eu seguia era entre todas a mais bonita, a flor vivera um “love, love” sem saber, destemida entre o ser e o não ser.
Impassiva vivera a flor, anos e mais anos, cuja lâmpada macia nos seus olhos brilhava, no templo de braços abertos, altiva e serena, do poeta a flor mais bela, elegante e solene.
Ao perceber-me descontraído, mas atento, a flor em atitude rápida veio a mim e com ademane beijou-me a face docemente
Permiti-me livre e disposto ao seu amor efêmero, amarrado ao seu olhar na ilusão de que era por mim que chorava.
A flor das manhãs de setembro reapareceu na flâmula de olhar eloquente, eu dormia e o amor reluzia nas labaredas trêmulas ou frementes da vida.