PALHAÇO - II
Talvez só mesmo
num grande palco, eu exiba
todas as minhas aptidões...
Nada exijo de ninguém,
eu mesmo as faço... Dou cambalhotas,
vivo no globo da morte, brinco com a sorte.
Assim vejo você se aproximar
um pouco mais de mim.
Se assim deixo fluir uma só emoção
tento disfarçar para não elevar as batidas
deste fraco coração.
Quando por bem,
eu também sorrio, e canto
as mágoas que assim desfaço.
E mais uma vez tendo
que atribuir, eu me apresento
como sendo um simples, palhaço!