O Grito da Fera
No escuro dos olhos a luz de uma vela.
seu brilho irradia uma ira brutal
a boca entre aberta e lábios cor de terra.
Nas sombras, ferinos, soltam um grito irracional
E as sombras são a ultima linha de arremesso
que fluem vertiginosas como ondas em fúria
se existem será um final ou um começo?
pois a alma da ignorancia é a infúria
O tempo é de espera assim como na caça age o leão,
a vida lentamente segue seu curso e apos o inverno impera
a primavera. O brilhante expõe o obscuro e a peculiar
e fria certeza que não há pernas debaixo da mesa
nem paredes que envolvem o muro.
A perplexidade é purulenta ao perceber esta impunidade
trágica, na intolerância antrofóbica, nas frases enluvadas
em porcelana. Em um vaso pequeno de vidro de um talho
indivizivel não podendo haver castigo
quando não puder, por todos, este grito ser ouvido