A noiva

Linda, maravilhosa, bela e delicada, a pureza de um anjo.

A noiva.

Lá vem ela, um vestido branco, lindo, uma princesa prestes a ser deixada pelo pai para o seu grande amor.

Será que sempre foi assim?

Vê-la-íamos como um apogeu, como um marco da felicidade infinita?

Ele, com um terno preto e uma singela flor em seu paletó, apenas significando a outra parte do contrato cruel que seria um casamento.

Momentos antes, meses antes, veríamos os pais de ambas às partes discutindo uma aliança entre as famílias, algo digno de um império.

A memória de um tratado antigo vem à mente, um casamento, afinal, um casal tinha a herdeira e o outro, o herdeiro.

Nada mais ideal poderia surgir daquilo, foi então selado como sangue, com um aperto de mãos de ambos os patriarcas das famílias.

As mães nada fizeram, pois assim foram casadas com seus respectivos maridos, entregues à sociedade como joias raras de dotes incomuns.

Mas chega de falar deles, eles não importam não se importam não nos importam.

O noivo, quando foi avisado, tentou mostrar felicidade.

A noiva, quando foi avisada, aprofundou-se na cruel realidade.

Mas nada podemos fazer, por ser um contrato desumano.

Mas ignoramos isso por um dia.

Felicidade aos noivos!

Isa Emília
Enviado por Isa Emília em 24/07/2023
Código do texto: T7844605
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