caule

eu transpiro vc

quando de mim saem, fluidos,

os sentimentos emaranhados

aos seus

em busca da luz

eu respiro vc

arrancando a fuligem da mobília assombrada

e o lodo escorregadio no escuro do poço

galgando você

em busca da luz

eu espirro em vc

as gotas do meu corpo

que abrem os poros entupidos da pele

e arregalo os olhos nos seus

em busca da luz

eu me inspiro em vc

quando colo, parasita, no seu corpo

sugando a seiva imprescindível

que me fará acordar outro amanhã

florindo multicolorida

exatamente sob a sua luz