ÉBRIO

Demasiadamente ébrio

Eu vi a noite beijando estrelas

Eu vi o tempo bebendo

O mar dos esquecidos.

Demasiadamente sóbrio

Não vi as águas no fundo

Do precipício da embriaguez,

Nem o calor frio, o som

Das minhas palavras etílica.

Demasiadamente nobre

Ajoelhei nos degraus

Da minha solidão.

Não aguento mais

Estes momentos meus!

Tirei a gravata com cheiro

De cigarro, olhei para a ausência

Da máquina de escrever.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 23/07/2023
Reeditado em 29/07/2023
Código do texto: T7843927
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