Joseph Leonard Artaud

Antes de subirmos apressadamente por Londres

Gostaria de homenagear vertigens pelo bairro alto

E espalhar minha vinda a estes espreitadores

Descascar Taj Mahal com a ponta ardilosa dos dedos

Pálida joia, bulbos de Narciso

Pasma-se uma paz aglomerada

Antevendo todas as palavras previstas

Rindo ao figurar tons impressionistas

Compra-me Gita, compara-me Pompeias

Por baixo da pele alcance a tal descrença

Que me faz esquiva entre as encruzilhadas

Incapaz de responder quem sou

Meu nome é mortal e instável

Borbulhando em cada ouvido

Uma imposição que atraca zelo e mistério

Abraçando o mundo com os pés descalços

Ajustar a sorte de pertencer ao momento

Ajudar a abertura passional e com olhos

Moldar entalhes, mesmo trêmulos

Render-se a tal balé assíduo

Detalhes de cabeças de peixes circuncidadas

Até que meu coração tenha me traído

Inúmeras vezes ao dissolver-se em outras freguesias

Acreditarei em todas as substâncias inflamáveis que ele expurgará

Mortalmente ferido e desprevenido

Ao içar tritões pelo cheiro

Sem penar uma dança à Balzac

Me proibiram de esgotar Otelo

Curei-me aos domingos, o meu dia de finados

Minha páscoa reserva-se entre sexta e sábado

Deus, afinal não somos tão diferentes assim

Eles fazem o que fazem e pensam que não os vejo...