Novos mares


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É preciso que a verdade pouse as suas garras sobre as incertezas

Para que a vã espera se desfaça.

 

É preciso que o vento leve mar adentro a tristeza do engano

para que eu não morra antes do tempo.

 

É preciso que eu leia no teu silêncio

uma despedida

Para que em mim sobreviva o desejo de mergulhar noutros olhares;

 

Para que eu reencontre meu norte e, mesmo com a bússola perdida, consiga navegar, por fim, novos mares.

 

 

 Autora: Aíla Sampaio 

 Título: De Olhos Entreabertos 

 Editora; Sponti

 Publicado em: 2012