HORA DO ADEUS
Pranto que escorre na hora do adeus
Olhar perdido no infinito
A procura dos olhos seus
Você era verdade, jamais foi um mito.
As suas marcas ficaram pelos caminhos,
Nos atalhos das paixões,
Que deixaram no peito a dor dos seus espinhos
Dos desejos incontidos; das seduções.
Talvez tenha sido um anjo que passou
Numa noite bela de luar,
E no firmamento se encantou
Na mais linda estrela a cintilar.
As luzes do amanhecer já se acendem,
A vida se renova no seu resplandecer
E as lembranças da realidade transcendem
Os momentos felizes que não se pode esquecer;
Que viverão para sempre adormecidos
No silêncio na hora da despedida;
Sentimentos que jamais serão esquecidos
Umedicidos por uma lágrima não contida.
O tempo é o mensageiro das emoções,
Coadjuvante dos romances inesqueciveis
Mágico das transformações
Dos amores que se tornaram impossíveis.