Minhas Metades

 

Sou partes de um segredo
que sustenta o meu ser.
Sou o mistério da vida
renascendo
em pingos miúdos de chuva,
acariciando sementes do querer.
Revivendo...
 
Sou o ventre consagrado,
seio-alimento na candura do amor,
sou aquarela
que outras telas pintou.
Sou o ato ontem comungado.
sou santa, pecadora, sem andor,
que sorriu e chorou...
 
Sou gotas de saudades do que se foi,
risos de esperança em gestação...
Sou mulher,
aquela que liberta o coração
em portas e janelas
entreabertas... Sou feita de emoção,
sou o que quiser!...
 
Sou o gosto do seu corpo suado,
o orvalho do prazer que sussurra desejos,
sou louca, pura... insana?...
Sou alma aprisionada
ou cigana?
 
Sou pedaços que se encontram
nos laços fortes dos seus braços
e na fogueira dos seus beijos
meus “eus” se interligam,
sem embaraços...
Sou inteira nos seus abraços!
 
10/12/2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 18/12/2007
Reeditado em 20/10/2009
Código do texto: T783687