O poema do Eu cindido

Hoje estou sentindo algo que não tem nome

Sentimento velho que vem e do nada some

Escondendo essas palavras que não posso saber

Me deixando angustiada nas escolhas que não sei fazer

Se esse caminho que planejo é meu desejo

Seguirei essa sina sem pestanejo?

Despirei-me do que quero pela glória de uma paixão?

Ou afogarei tal delírio pela lucidez,

Vestida de tão plácido azul em sua razão?

Consuma! Consuma meus dias, minhas horas

Rouba minha poesia, a metonímia e as metáforas

Deixa em minha pele teu aroma

Denuncia meu sintoma

Verás que de onde vem essa fonte

há um vasto horizonte

Se escondendo nos olhos de quem sente o controle se esvaindo

Finando-se o desejo que está reprimindo

Olha-me com tão doces olhos

Pega com carinho a minha mão

E me ajuda nessa decisão

Callonetta
Enviado por Callonetta em 14/07/2023
Reeditado em 14/07/2023
Código do texto: T7836775
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