Corpo estrangeiro
Nasci no beijo
Morri no abandono
Morrei no eterno sono
desintegrei que nem seixo
Meu amor escondido
Por debaixo dos panos
No batom guardanapo
Que eu dobrei no meu bolso
Sai dali estrangeiro do meu próprio corpo
Procurando uma coisa no ar
Talvez uma piada por telepatia
pra te sorrir clandestino
E daquele grão-momento
Fazer o roux dos meus dias
Pra te rimar por inteiro
E tu sorrir bem de canto