Poema - Confusão

Sei que isso irá acabar

Como fuligem ao vento

Cedo ou tarde, você desaparecerá

E Só isso me restará

Tantos outros remorsos e muitas culpas

O Sol nasce de novo e não te vi ao meu lado

Talvez a lua te traga de volta, ela ainda me permite sonhar

Agora espero até os ponteiros se encontrar

Poder sentir de novo esse cheiro

Esse aroma insistente em meu travesseiro

Que tanto me lembra você

Adorável, acho que nunca irei te esquecer

Uma nuvem guiada ao vento

Esse sou eu atrás de você

Ontem viajamos a Terra

Caímos nos mais baixos vales

E em meio a tantas carícias percorremos o jardim sagrado

Como se fosse o último apreciei, eufórico, a cada segundo

E agora que penso nisso

Talvez eu ame você

Mas nos vi realmente bem...

Quando nos sentamos e me abri a alguém em verdades

O sentimento não morrerá

Não se cansara

Mas sei que logo você irá me deixar

Incerta ou não

O amanhã irá me matar

E hoje, só quero rever seu rosto

Sanar minhas saudades

Mais uma vez, sentir o calor desse lindo sorriso em meu corpo

Ele foi meu luar, meu quadro particular a quem apenas eu pude admirar

Agora, espero até que os ponteiros se cruzem

Para que eu tome meu último fôlego em nosso trágico naufrágio