Noite sem lua, dia de cão. Me salva o amor

A noite deixara em mim

dúvida que o sol pudesse

abrir-se uma vez mais

as estrelas foram dormir

antes de mim a lua,

ah, a lua sequer aparecera

tudo feneceu no breu,

sem a presença tua

Desfaleci, a alma prostrada, já madrugada

cedo o céu nublado, a névoa fosca

nem à esquerda me davam sinais de luz

faróis baixo acordaram-me em meio a manhã

o nevoeiro tornou-se chuva fina sedutora

a alma ainda dorida, sofrida noite sem ti

sem saber de que se tratava a tua aflição

disseras convulsa, eu atônito, ser máquina

da produção de dor em ti e alheia

creia em mim, creia!

exclamavas e eu podia sentir o pranto

desmoronando tuas fortalezas erguidas sinceras

abandonadas as quimeras, sonhadas esperas