Quieto Olhar

Quieto olhar de contemplação.

Palavras como afagos.

No entanto, o mundo continua

estaticamente mudo e de cabeça para baixo.

Como quisesse derramar a última gota de lava da alma.

Deixar cair nesse imenso caldeirão que não acalma

mais uma pitada de essência de vida...

É o sabor da diferença que ainda falta.

Seria a conta da tosca matemática da vida?

Divisões não fazem versos,

nem papoulam palavras nos rabiscos dos dedos.

Mãos de poema... não partilham subtrações...

É o todo que me toca a alma... o que se vê...

e o que nunca foi escrito...