Dois amores
Carrego dois amores na lembrança:
O primeiro e último. Somente!
O primeiro, um amor tão inocente,
Como todos os desejos de criança.
O meu segundo amor foi a semente
Do terceiro, do quarto e do quinto...
São pequenas saudades que só sinto
Quando o meu coração me diz que sente.
Do sexto amor em diante, até agora...
Um amor após outro foi-se embora...
Me restou na lembrança o derradeiro:
O amor que se deita em minha cama,
Que não tem que dizer o quanto ama,
Pois é, de todos outros, um herdeiro.