POR SOBRE AS TAIGAS NA PLANURA

Mirradas, parcas, miúdas

Por solenes arvoredos desdenhadas

Riem-se as flores osculadas

As trovas para ti foram mudas!

Abençoada, porém, a vereda

Cujo solo a tem como manto

Sobre a taiga deitou o Lírio Santo

Bendito foi o toque da seda!

Invejo-te porquanto, a pequenez

Se minha sede é também tua aridez

Saciada no frescor da tez franzina

Rogo! Compartilha dessa ventura!

Se ao menos dos pés que tocaram a planura

Restou o enlevo dos que tocam a turmalina!

André da Costa
Enviado por André da Costa em 02/07/2023
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