OUÇA

 

...ouça a voz que como brisa,

toca suave a pele,

e faz o arrepiar dos sentidos...

 

...é como a sinfonia que enternece,

os ouvidos da alma que em silêncio sente,

a harmonia melodiosa dos acordes...

 

...queria que soubesses,

não é egoísmo meu, jamais seria,

e desde que te vi, foi muito mais que poesia...

 

...pois nunca pensei apenas em mim mesmo,

sempre que me veio um sonho,

nunca me coloquei à frente dele...

 

...como agora, mais uma vez, não me priorizei,

pelo que dizem os entendidos do amor,

pra eles, eu nunca me cuidei...

 

...mas se o amor for uma opção,

pessoal, assim, então,

de fato, eu nunca me amei...

 

...contudo, apesar da ausência,

deste tal amor próprio,

eu aprendi a amar muito mais além...

 

...é com este amor maior que sempre me doei,

à outrem, sem nunca exigir igualmente,

a reciprocidade de alguém...

 

...isto não depende de quem se doa,

mas de quem recebe,

e sabe dar o devido valor...

 

...talvez eu esteja errado, ou pode ser,

que nunca soube fazer minhas escolhas,

deixando ao sabor do destino, que eu mesmo talhei...

 

...só sei que é assim, não meço o amor que vem,

pois o amor não tem medida,

mas preenche por inteiro...

 

...vem de um terno olhar, se deixa envolver,

por um doce sorriso, se aconchega,

nas entranhas da alma e se abriga forasteiro...

 

...então,

foi bem assim,

que mais uma vez,

em mim,

o amor se fez...

 

Bené Bené

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 02/07/2023
Código do texto: T7827646
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