Balançar das ondas

O toque sinuoso foi escaneado pela película da sensibilidade, nostalgia num canto retrô. Gotículas de orvalho caiam sobre meus fios de cabelos ao sopror. As palavras iam, voltavam, encantavam, como o toque de uma borboleta sobre minha face.

Os olhos brilhavam como as estrelas do céu, a voz, a vibração da canção. Estórias de uma vida em estações, conduzida pelo estro, o verve coexiste em minha visão, em minhas mãos, em meu coração.

Meras ações transfiguradas em escritos, perversos, inversos. Uma ambiguidade, uma antítese. Enxerguei em tons de azul a neblina que encobria a paisagem da viagem sem fim.

As nuvens dialogavam comigo, eram como uma obra de Van Gogh, ou um escrito de Drummond. O vento balanceava as cortinas vinho tinto, a música rolava ao som de Bon Jovi. A guitarra recitava em versos o que eu não podia datilografar.

As tintas jorradas ao ar, ao mar, num balançar de ondas. Quebradas, completas, simples e compostas.

Além do que os olhos podem enxergar, assim és tu, assim sou eu!

- PILLAR 🌊

PillarMendes
Enviado por PillarMendes em 25/06/2023
Código do texto: T7822017
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