TEIA DE MENTIRAS

Inesquecível em mim,

Teus encantos que se mostram,

Para que eu possa vir a sentir algo,

Num lampejo, ao desejar dormir.

E nisso, vejo uma teia de mentiras,

Por onde nas minhas utopias vens a estar,

Andando por um mero e simples segundo,

Nos momentos em que estão estreitos os nós.

E a voz que vem dos breus

A ouço então a confessar,

Coisas dos quais eu queria,

Mas que estou tentado a negar.

Que eu nasci para viver,

Numa ansiedade imortal!

Queimando-me num fogo ardente,

Quando os versos, atraentes, já não são mais.

Entretanto, é em ti que encontrei,

Cegamente, a inspiração para escrever,

Mesmo tão livre, mas muito ausente,

Dos significados dos símbolos,

A qual me pertencem.

Eis que venho a tatuar na própria pele,

A estrela de David que sempre me segue,

Numa proteção a levar-me até as lembranças,

De quem deixa-se ser envolvido demais,

Pela epifania que, somente teu olhar traz.

Queria dar-te o mundo,

Para onde nossos passos iriam,

Contudo, a alma adivinha,

Que a cada versão distorcida,

É o conduit indefinido,

Do qual sou arrastado,

Pela falta de minha razão.

Poema n.2.974/ n.43 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 25/06/2023
Código do texto: T7821787
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