SAINDO DEVAGAR

Quando sai devagarzinho naquela hora,

eu não queria dizer-lhe o que pensava;

não falar de meu pensar e ir embora,

pois já sabia, que você não aceitava.

Mas era preciso eu fazer de tal maneira

para evitar muitas palavras sem sentido;

eu não queria falar-lhe, ouvir besteira,

esquecer tudo o que havia acontecido.

Pois, afinal, depois de tanta coisa boa

que esquecemos e passamos a cobrar,

fica melhor eu ir embora, ficar à toa,

do que brigar e começar a reclamar.

Depois de algum tempo ter passado,

e eu não lembrar de tudo aquilo fiz,

não é preciso acusar-me de errado,

tudo acabou, o mal se corta na raiz.

14-12-07-VEM.

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 17/12/2007
Reeditado em 14/08/2008
Código do texto: T782158