SAINDO DEVAGAR
Quando sai devagarzinho naquela hora,
eu não queria dizer-lhe o que pensava;
não falar de meu pensar e ir embora,
pois já sabia, que você não aceitava.
Mas era preciso eu fazer de tal maneira
para evitar muitas palavras sem sentido;
eu não queria falar-lhe, ouvir besteira,
esquecer tudo o que havia acontecido.
Pois, afinal, depois de tanta coisa boa
que esquecemos e passamos a cobrar,
fica melhor eu ir embora, ficar à toa,
do que brigar e começar a reclamar.
Depois de algum tempo ter passado,
e eu não lembrar de tudo aquilo fiz,
não é preciso acusar-me de errado,
tudo acabou, o mal se corta na raiz.
14-12-07-VEM.