Contumaz
Enquanto o poeta pranteia sozinho
Querendo o carinho da diva que almeja,
A deia o desdenha e se empenha, no ninho,
Pra ter a paixão que sua alma deseja.
O bardo quer Branca, mas Branca não quer,
Nem pra ser mulher, nem amiga ou amante...
E o vate chorando, anelando requer
Pensar no pregresso que foi tão brilhante.
Saudade martela com força em seu peito...
Fugir? Não tem jeito!... Precisa passar
Por tal furacão que a paixão com seu jeito
Lhe fez sofredor, por amar e sonhar.
E a cada suplício do seu coração,
Pensando na diva que esquiva do vate
O faz contumaz, desejando a paixão
Que anela a deidade no campo do abate!