ILHA DESERTA
Pouco não chega e muito não basta, o tempo se arrasta
E ela fazendo charme ao sair do banho, estranho saber
Que adia o que diz querer mais que chocolate, ir de iate
À ilha deserta e se ver descoberta num descuido da lua.
A areia parece melhor que a esteira, besteira não se dar
O direito de rolar e empunhar seu troféu sem véu, o céu
Parece se envergonhar, enquanto ela quer se lambuzar,
Se empapuçar, açúcar, creme, sem leme, ao deus dará.
Feito gatilho, um brilho entre estrelas acuadas e tímidas,
Suas mímicas parecem falar, contar desejos, os festejos
Vão se prolongar noite adentro, cem por cento garantido,
Tudo faz sentido, é permitido até o fim do ato, eis o trato.
Quando desperta, realidade ou ficção, ação ou um sonho
Como tantos que já teve, quantas vezes se deteve, medo
Como inimigo, perigo ou indecisão, curte a ilusão, a visão
De que o mar está para peixe, quem sabe, deixe-se levar.
sergiosousaescritor.com.br
sergiogoncalvesdesousa@gmail.com
(11) 99380-4036