Buliu comigo
"Se um dia a gente se encontrasse e não sofresse mais"
que nem falou o Marquinhos
Aquele, o da serrinha
da saudade que ele tinha
Ou tipo Marina e Ulay
Do sonho levanto sorrindo
Melhor que voar dormindo
Ou ver o mar se abrindo
É do teu lado acordar
Teu cheiro vem se espalhar
E no meu coração bulindo
Quando eu te ouço falar
"vem amor, volta a deitar"
E aí me chama de lindo
O cantador já me disse
"Caba bom não bebe água"
E pra matar essa sede
Queria que tu quisesse
Queria que tu me visse
Mas o cantador já me disse
que "água caba bom não bebe"
Vai onde o rio toca língua
E sorve litro de mágoa
Dum jeito meio mambebe
Esse repente se arrudeia devagar,
Chuva perene que ameaça não parar
"Se a tua falta não faltasse tanto assim
Se a dor do choro já não fosse tão ruim"
Chuva da boa ia ser coisa sem fim
Eu só me vejo ao seu lado
É tipo coisa irreal,
Futuro, presente, passado
Cama de nuvem,
Riacho alado
Loucura assim sem igual
Paro em vereda fechada
Dou murro em ponta de faca
Aperto a visão pra crer
Que nem subindo em escada
Eu vou alcançar você
Nem ter pupila pra ver
Teus olhos, mulher de ressaca
* Homenagem ao mestre, o poeta Marquinhos da Serrinha. E também claro, ao amor impossível que me inspira.
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