ADRENALINA e AMOR
É chegado o momento de conhecer o exílio,
partir buscando portos desertos
- soterrados de cartas escritas a sangue e abutres de monóculo.
Espalharei via-lácteas barulhentas acelerando o motor,
do que vale viver sem adrenalina e Amor?
Armarei a tenda entre conflitos étnicos e guerras civis,
bebendo afrodisíacos existenciais pois o muito que já quis
trouxe além dos falsos amigos - juízes corruptos e armadilhas do coração
Porém, desprovido da cara de pau do faquir
e das tropas das revoluções ilusórias,
derrubo porteiras nos campos famigerados das particularidades insólitas, porque seguir
é o contrário de vencer, e cansado de estórias
levo a bandeira da solidão sistemática ao deserto lunar do que poderia ser recíproco
mas não passa de pão dormido atirada a faca no circo