Babaca
Nas entrelinhas de um poema tristonho,
Reside a dificuldade de abrir meu coração.
Sou uma babaca, uma eterna desastrada
Que sempre arruína qualquer relação.
Palavras fogem e se perdem em mim,
Quando tento expressar o que sinto.
Sinto-me frágil, perdido no abismo sem fim,
Destruindo tudo, deixando cicatrizes no instinto.
Como um navegante em mar bravio,
Afundo nas ondas dos meus medos,
Receosa de revelar o que há no meu íntimo,
Preferindo o silêncio, o manto de segredos.
Sou uma babaca que machuca sem querer,
Pela falta de habilidade em me comunicar.
Estrago tudo, como um vendaval a surpreender,
Sem perceber que minhas palavras podem ferir, dilacerar.
Mas mesmo nas sombras do meu eu errante,
Reside um desejo profundo de me redimir.
Aprendo com as falhas, sigo adiante,
Buscando melhorar e enfim progredir.
Por trás desse véu de babaca que me cobre,
Há um coração cheio de emoções em turbilhão.
Quero que saibas que minha intenção não é nobre,
E que lutarei para te mostrar minha verdadeira versão.
Pois a jornada de evolução é árdua e longa,
Aprender a falar dos sentimentos, um desafio.
Mas sei que só assim a dor se dissipa,
E posso finalmente sair do ninho.
Aceito-me com minhas falhas e imperfeições.
Desempenho-me a superar qualquer jornada,
E construir um caminho de novas emoções.
Então, não desistas de mim nessa caminhada.
Que este poema seja um grito de arrependimento,
Uma promessa de mudança e evolução.
Para que eu não seja mais uma babaca em tormento,
E sim alguém capaz de amar com dedicação.