Meu Cio
Ó minha musa, dama da razão,
Não julgue minha alma com desdém,
Pois chamas-me de safado e intrujão,
Mas não compreendes meu doce bem.
Minha natureza é um tanto indiscreta,
Mas jamais fui desleal por ciúme ou inveja,
Sou livre como a brisa e minha alma viceja,
A minha alma, ao amor, sempre se entrega.
Não há espaço para julgamento severo,
Pois não sou nada mais que um homem ao léu,
Que adora viver intensamente, e adultero,
E se diverte sem medo do que é seu.
Então, não me chame de safado ou vil,
Pois meu amor é doce como o mel,
E apesar do vício que nutro em mim, cio,
Sou leal, honesto e verdadeiro fiel.