Amores não vividos
No Dia dos Namorados, uma nostalgia invade meu peito,
Recordo dos amores que não vivi, do destino imperfeito.
A Morena Denise, encanto dos tempos de escola,
Um amor inocente que não pude vivenciar à tola.
Ângela, a negra de pernas grossas, vizinha tão próxima,
Uma beleza radiante que meu coração não conhecia.
A rua em que morávamos testemunhava meu olhar apaixonado,
Mas as palavras jamais foram ditas, em segredo caladas.
E Adriana, a musa que minha alma nunca ousou revelar,
Uma história inacabada, uma chance que não pude abraçar.
Os sentimentos guardados, como pássaros em gaiolas,
Voaram para longe, enquanto eu me perdia em escolhas.
O tempo passou, essas oportunidades se foram,
Mas as lembranças persistem, como estrelas em céu adornado.
Hoje, no Dia dos Namorados, guardo esses sonhos na memória,
E aprendo a valorizar quem está presente, com toda minha glória.
Pois a vida nos reserva novas páginas, histórias a serem escritas,
E mesmo que os amores passados tenham sido malditas despedidas,
Acredito que o destino ainda me guarda surpresas em seu baú,
E que um novo amor, único e verdadeiro, um dia haverá de ser meu.
Então, no Dia dos Namorados, abraço o presente com carinho,
Celebrando as possibilidades que o futuro trará sozinho.
Porque o amor, belo e misterioso, é uma jornada sem fim,
E meu coração permanece aberto, esperando pelo amor que há de vir.