Poeta errante

Minha sevícia loucura

Que se esconde em sonhos perdidos

Alucinado meus olhos sangram.

Hemorragia ilusória

De veias que incham

o meu corpo desnudo de alegria.

Sou ultrapassada ferida

Que infecciona lateja

e queima como febre

Que não passa

Somente ameniza.

E que analgésicos poderei tomar?

eu poeta que desatino.

Ameniza a dor

poeta que desanda!

Quero encontrar um doutor que me passe

as receitas

para que essa dor que tenho na alma

acalme...

E que me tire deste coma

Induzido por falsas promessas

Doutor esse que não venha

com exames prognósticos de mente

mas um que entenda de alma andante, vadia e poeta.