Punhal é o Karma

Seu tom não era de quem queria conversar

Logo vi, agradeci e me despedi

Não eram as palavras mas a forma que soava

Como uma coação ao meu emocional

Sem medo de ser fatal

Percebi que ambos estávamos impulsivos

Um pela coragem e o sonho a outra pelo medo e a racionalidade dos ordinários

Foi direta

Onde machuca

Quando a guarda estava baixa (sempre esteve)

No meio do peito

Um punhal, uma faca

Chorava mas impulsionava fundo como alguém obstinada

Não sei do que se protejia

Na hora, confesso

Estava em um estado que só queria paz

Senti pena do seu Karma

Me procurou a noite

Achei que estava ressentida

Pelo menos parecia

Mas reafirmou dizendo que eram apenas verdades

Há algo errado, pensei

Uma dor escondida

Que tbm me afligia

Logo mudei de assunto dizendo que já passou

Fabio de Mello
Enviado por Fabio de Mello em 12/06/2023
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