IMPRETERÍVEL

É uma utopia levar-te a mim,

Numa decisão que eu quis!

Entre viver o que se espera e,

Deixar morrer o que se nega.

Você vai ver, quando enfim,

Puder revelar-te quem sou,

De por muitas dúvidas a persistir,

Abandonar os lapsos inconstantes e,

Sentir menos vazio do que meu ser mostrou.

Então, é a transmigração da alma,

Decorrendo simultaneamente a nossa calma,

Que não irrompe os mares tão vistos,

Neste plano em que eu sou irredutível.

Se entre lágrimas estiveres,

É imperativo que as enxuguem,

Sejam de que forma me trazem,

O adeus que tens me oferecido.

Isso, é “un veneno sin anídoto”,

“Este silencio dentro de mí”,

Talvez peça-te, “cariño mio”,

As loucuras de ser um inventor.

Só neste instante, não posso ser desacreditado,

Com veemência nas minhas elucidações,

Ao definir-me o contrário do que penso,

Quando a volúpia é-me ansiar teus beijos!

Genuinamente não quero estar dividido,

Andando contigo nos diversos sonhos e,

A realidade do que não quero enxergar,

Ser doravante, um ato preciso!

Contudo, ainda irei pro meu corpo regressar,

Tentando não vir a ser tão esquivo,

Quando teu aceite, meus ouvidos escutar,

Num passado, no qual, é impreterível.

Poema n.2.972/ n.41 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 11/06/2023
Código do texto: T7811205
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