Hoje, em meio à luz

de um sol radiante,

bebo os picotes de tua nova

- nebulada de melodia -

e os silêncios que falam

pela voz de luzeiros

que se acendem e apagam

colorindo meu rosto

em doses queridas, amadas -

curativas - de amor.

 

É que a alma traz,

intrínseco em si -

e em seu espelho de luz -

o voar alto pelo solo

de tuas terras

ao encontro do encanto

da imortalidade do amor...

 

"É possível que eu ame?"

Foi a pergunta do poeta

- que somos -

em nossa noite

de amor filosófico e puro,

amor verdadeiro,

de alma que encontra

sua metade e, dela, faz

sua eternidade de vida e luz.

 

"É possível que eu ame?"

"Amo!" se pergunta

e se responde o poeta

em sua noite,

em seu outono de luz...

 

"Posso amar

em meio a pretensa

impossibilidade?"

se pergunta a poetisa

em seu voo

de dor de luz...

"Amo!", ela mesma

se responde

em seu encontro 

com a descoberta

do sentimento!

 

"Descobrir sentimentos

também dói!" lhe diz o Poeta

em sua descoberta de amar...

 

"É possível que eu ame?"

se pergunta, outra vez, o Poeta

enlouquecido de amor

e da paixão o calor...

"Amo!", se responde...

e faço de minha ternura,

do meu sentimento,

do intenso dessa paixão,

do desejo de fogo que não se apaga,

pra toda eternidade,

minha canção,

meu poema de amor...