Cabeceira das Águas
Sinto a falta do amor
Como um rio sente falta da cabeceira de suas águas...
Em cada curva que passa
Na distância que percorre
Em cada folha que leva...
Sinto-me como este rio
Triste e silencioso que lambe a terra
E geme a dor de suas águas.
Que escava fendas e expõe a nudez das rochas,
Que recolhe águas
De outras águas, que bebe água das chuvas,
Água das minas, água da bicas...
Água que o céu despeja e nas folhas
Fazem-se gotas
Água das noites, lágrimas em sereno,
Águas que se fazem enchentes
Que transbordam e explodem
Desembocando em meu peito
Lavando meu coração nas águas deste rio...
Destas águas sou irmã
Em cada gota de sua solidão me transporto
E na sua dor me recolho
Enquanto dos meus olhos
Nascem mais águas,
Alimentando a tristeza deste rio...
Sinto a falta do amor
Como um rio sente falta da cabeceira de suas águas...
Em cada curva que passa
Na distância que percorre
Em cada folha que leva...
Sinto-me como este rio
Triste e silencioso que lambe a terra
E geme a dor de suas águas.
Que escava fendas e expõe a nudez das rochas,
Que recolhe águas
De outras águas, que bebe água das chuvas,
Água das minas, água da bicas...
Água que o céu despeja e nas folhas
Fazem-se gotas
Água das noites, lágrimas em sereno,
Águas que se fazem enchentes
Que transbordam e explodem
Desembocando em meu peito
Lavando meu coração nas águas deste rio...
Destas águas sou irmã
Em cada gota de sua solidão me transporto
E na sua dor me recolho
Enquanto dos meus olhos
Nascem mais águas,
Alimentando a tristeza deste rio...