A alma dos esquecidos
Já não tenho alma, fogem alto-mar
As querelas, as alfombras voadoras
Vertentes correntes das minhas
Lembranças sonhadoras.
E sobre as argamassas do destino
Acento as pedras do tempo.
Nos bancos pueris da praça
Recordo ainda a visão da bela amada.
Estão meus olhos a silhueta tua
Onde meus cabelos platinados
Recebem ainda teu perfume
Na brisa matinal tuas vestes
nos meus sonhos.