SANTA NA PERDIÇÃO
Ainda quando retirava da garganta
dos pássaros gravuras para além dos decibéis,
levantava castelos à beira-mar dos olhos teus
para que do menino sem eira o homem
abra a porta do peito disparado, e dono de uma terra
santa na perdição, solte pelo teu amor
os cavalos da sem-vergonhice mais bem-vinda
que café da manhã, e ávidos de avexadas
aventuras nas areias escaldantes, apanho
no teu jeito de menina a rosa
de um amor sonhado além da própria existência,
quando o amanhecer - nada mais
do que a noite sorrindo,
atira-se no lago como oferenda