O VILAREJO

No pequeno vilarejo de varias etnias

éramos soltos como folhas ao vento

rindo das nossas manias

sem preocupar-se com o tempo

 

Nas rodas em volta da fogueira

envoltos pela noite estrelada

o desejo nos lábios eram a maneira

de expor o refúgio da nossa morada

 

Nas modas da época dançávamos

todas as músicas da nossa família

e nas mãos e adornos entrelaçávamos

nosso viver com extrema euforia

 

Muitas vezes céleres fugíamos

deixando de lado a razão

nas escuras cavernas nos encontrávamos

para falar apenas com o coração

 

Foram momentos doces e mágicos

de lúdicos protagonistas e coadjuvantes

num misto de felicidade ao trágico

fomos intensidade, reais e constantes

 

E no fatídico acaso do reencontro

sentíamos que tudo seria diferente

pois virou poesia, um sonho, um conto

compreender que o amor seria presente

 

Foi naquele vilarejo de ciganos

nos seus braços, a flor da pele a despedida

absorvendo o esquecimento e desenganos

nossos olhos disseram apenas até outra vida

Emerson Prado
Enviado por Emerson Prado em 07/06/2023
Código do texto: T7807664
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