O VILAREJO
No pequeno vilarejo de varias etnias
éramos soltos como folhas ao vento
rindo das nossas manias
sem preocupar-se com o tempo
Nas rodas em volta da fogueira
envoltos pela noite estrelada
o desejo nos lábios eram a maneira
de expor o refúgio da nossa morada
Nas modas da época dançávamos
todas as músicas da nossa família
e nas mãos e adornos entrelaçávamos
nosso viver com extrema euforia
Muitas vezes céleres fugíamos
deixando de lado a razão
nas escuras cavernas nos encontrávamos
para falar apenas com o coração
Foram momentos doces e mágicos
de lúdicos protagonistas e coadjuvantes
num misto de felicidade ao trágico
fomos intensidade, reais e constantes
E no fatídico acaso do reencontro
sentíamos que tudo seria diferente
pois virou poesia, um sonho, um conto
compreender que o amor seria presente
Foi naquele vilarejo de ciganos
nos seus braços, a flor da pele a despedida
absorvendo o esquecimento e desenganos
nossos olhos disseram apenas até outra vida