UM AMOR SIGILOSO

Não vejo as horas e nem o tempo,
O meu coração bate forte por ti,
No amanhecer cintilante e relento,
A doçura invade os céus, vou partir.

Dois pensamentos, corpos e faces,
Amadurecem no piso do amor sem fim,
No diminuto da era em vários enlaces,
Adornados com uma flor e jasmim.

Por trás do elo amado e encantado,
Observa o sol e também as estrelas,
Que o nosso bem querer é demasiado,
Aproveitando as horas com destreza.

Nem a chuva e nem o sol nos separam,
Desse composto indissolúvel e amoroso,
Arrebatamento aos ouvidos que te aspiram,
Da saudade de falar com um belo sorriso.

Não há como se administrar ou combinar,
Os impulsos que sombreiam uma paixão,
Quando estou perto de ti, vou devanear,
Embarcando nossos desejos sem ficção.

Complicados na vida e purificados no amor,
Da união que impedem nosso intenso fervor.

Vou esperar nas montanhas, nas praças,
O meu amor que logo, logo vai chegar,
Vou levar no abstrato e amar de graça,
Abater os minutos perdidos, sem explicar.

Não sei o que será desse amor impossível,
Atravessando o presente no meu futuro,
Marcando a cada momento, o indivisível,
Desespero, agonia do momento prematuro.

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 29/11/2005
Reeditado em 07/02/2008
Código do texto: T78072
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