Barro que sou
Toco a branda aragem
que brota dos olhos
enflorestados de medo.
Enquanto a noite dorme
me pergunto por que me faço perguntas.
Que tenho com as respostas
que não ouso nunca encontrar?
Se nelas tocar...
sei que preciso esquecer...
Porque a Vida, a Minha Vida, já fez suas escolhas
no telhado acimentado do tempo...
Mesmo um arco-íris
apontando a direção e o lugar aonde se encontra guardado o tesouro de minha vida...
Ele mesmo me disse
que nem sempre há relva de esperança
para as minhas antigas sandálias dos pés...
sujas da Terra que sou
e de meus sonhos de luz e amor.