Ao findar dessa vida
Por saber condenado a finitude estar,
As pressas venho constatar,
As razões de sempre flertar,
E o pescoço para trás entortar.
Buscando ao poucos fitar,
Seus passos pela Terra arquitetar,
Sonhos perdidos ao deitar,
Sobre a cama e avistar.
Diversas faces que poderia pintar,
Fazendo as telas brancas alertar,
Qual de suas versões tentavam afastar,
O instante em que iríamos habitar.
Um só corpo nascendo ao conectar,
Em fragmentos de tinta ajustar,
Imperfeições prestes a desbotar,
Nossos corações no altar ressuscitar.