Marcas de um amor
Morre a esperança, mas vivo continua o amor
Talvez por um conformismo injusto, permanece
Acesa a chama de quem ama com fervor.
A vitória não foi alcançada, há de ser nada
Incrusta-se no peito o peso ferino do amor.
Choram as rosas; saem dos olhos lágrimas de dor.
O desprezo ao pretendido, talvez não se agüente,
Difícil de manter; dói no peito o coração
Ao desejar o que não se pode ter, tornando-se
Desesperado, por amar sem ser amado,
Fez-se algo para este amor não merecer.
Mas fica marcado no tempo e no gosto agro
Da lembrança o fervoroso e idolatrado amor
Passa o tempo que passar não dá para esquecer
Aplaca-se apenas a tristeza, fica a saudade,
Que mata sem piedade a alegria de viver.