Universo do Eu

Nós somos o mundo

E lentamente nós o matamos

A dádiva foi somente um infortúnio

E nós somos os: De que eu reclamo

Os sentidos nada têm de profundo

São medíocres tão cheios de enganos

As verdades vão ficar no fundo

De uma cova rasa em poucos anos

No meu pensar eu me confundo

Pois é um pensar falho de um ser humano

E nesta lama negra em que me afundo

Percebendo as dores que conclamo

Nós espelhos que eu circundo

Provedores de todas as verdades que proclamo

Que se desfazem quando penso em segundos

E são como as folhas que caem dos ramos

Com uma vela ilumino um mundo irreal

Meus pensamentos se aniquilam em poucos cliques

Como um pingado adoçado com sal

Não percebo a escravidão desta matrix