CINESIA DA NOITE

Sempre quero te encontrar,

E contigo me envolver sem negar,

Que meus pensamentos vão além do mar,

E todas as circunstâncias, que me fizeram desejar.

Se é tudo em ti, a verdade e,

A liberdade que não posso merecer,

Então não me deixe ouvir o adeus,

Nem mesmo o som que tua voz me causa.

E nessa cinesia da noite,

Vou no meu espasmódico,

Tentando me segurar,

Somente para não te lembrar,

Mas o “impossível”, não quer me soltar!

Desta maneira, fico nos lençóis assim:

Deitado em deleites, consigo aqui,

Esperando que um dia, me digas “sim”,

E que na sombra de um mero toque,

O teu olhar esteja em mim,

Questionando-me o que vi.

Tão logo, não consinto passar,

Se aproximando, para te fitar,

Dizendo:-Sim, eu vejo que queres me beijar,

Vem, para te fazer sentir o que eu,

Ainda com certa razão, posso te dar!

E em nossas convenções,

Talvez me dirás:-Dá pra mergulhar,

Naquilo que nunca haverá?

Nisso, te mostrarei o quanto é real,

Sendo que na minha incógnita,

Torna-me-ei no encoberto, aquilo que a muito conhecerás,

A essência a qual não contestes,

Abrindo mão do indecifrável,

Para que teu coração, reconheça-me a face.

Poema n.2.969/ n.38 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 27/05/2023
Código do texto: T7798689
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