CINESIA DA NOITE
Sempre quero te encontrar,
E contigo me envolver sem negar,
Que meus pensamentos vão além do mar,
E todas as circunstâncias, que me fizeram desejar.
Se é tudo em ti, a verdade e,
A liberdade que não posso merecer,
Então não me deixe ouvir o adeus,
Nem mesmo o som que tua voz me causa.
E nessa cinesia da noite,
Vou no meu espasmódico,
Tentando me segurar,
Somente para não te lembrar,
Mas o “impossível”, não quer me soltar!
Desta maneira, fico nos lençóis assim:
Deitado em deleites, consigo aqui,
Esperando que um dia, me digas “sim”,
E que na sombra de um mero toque,
O teu olhar esteja em mim,
Questionando-me o que vi.
Tão logo, não consinto passar,
Se aproximando, para te fitar,
Dizendo:-Sim, eu vejo que queres me beijar,
Vem, para te fazer sentir o que eu,
Ainda com certa razão, posso te dar!
E em nossas convenções,
Talvez me dirás:-Dá pra mergulhar,
Naquilo que nunca haverá?
Nisso, te mostrarei o quanto é real,
Sendo que na minha incógnita,
Torna-me-ei no encoberto, aquilo que a muito conhecerás,
A essência a qual não contestes,
Abrindo mão do indecifrável,
Para que teu coração, reconheça-me a face.
Poema n.2.969/ n.38 de 2023.