Um estranho

Sinto cada batida de seu coração

Assim como um titã adormecido

Em cima de uma folha que um dia foi Beladona

Mas olhando daqui de onde estou,

Nada consigo fazer,

Estás vulnerável,

Tu és grande e eu sou pequeno

Mas estás a dormir, e eu acordado

Hoje me torno uma folha de um Cravo

Deitas sobre mim, como deita um corpo em uma cova

Um corpo que não pensa, nem sente

Mas, o caixão te prende

E ele está a partir,

Ou seria eu, pequena como um alfinete

Questionando com meu olhar teu rosto a cochilar

Pensando se ainda consegues com facilidade mentir,

Dizendo nada, disses tudo

Assim como o Sol conhece bem a estrela

Assim como Deus conhece Saturno,

Quando penso em nós dois,

Já não existe mais nosso mundo,

Agora eu estou dormindo

E tu acordado

Não sei se fala comigo

Ou se fala para seu íntimo

Sei que pensas que não era para magoar,

Se desculpar, não é despertar!

Queria que fosse apenas ciúme

Mas isso seria imaturo

Foi mais decepção,

Como quando o frio vem e acaba o calor do Sol

Assim como um filhote perdido sem sua mãe

Não existe alegria onde vive mentira

Meu sorriso se foi com sua tempestade

Queria ouvir de ti apenas a verdade.

Anafa
Enviado por Anafa em 24/05/2023
Reeditado em 24/05/2023
Código do texto: T7796438
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.