CONFISSÃO DE AMOR

Quando estamos longe um do outro,

eu fico imaginando o seu sorriso bobo.

A gente sempre conta os dias ( e as horas)

antes de cada memorável reencontro.

A gente fica olhando o calendário na parede,

na busca frenética de algum dia santo,

torcendo que o próximo feriado

seja em uma sexta-feira ensolarada.

Quando estamos longe um do outro,

eu fico imaginando o seu silêncio,

enquanto nós dois permanecemos estáticos,

observando a imensidão do céu

e o vôo sincronizado das gaivotas

que promovem um baile nas nuvens.

E os meus olhos, quase que sempre,

querendo dizer - lhe algo,

(involuntariamente, é claro)

como se eles estivessem sendo

torturados pelos seus.

O que eles querem? Uma confissão de amor?

ANCHIETA JOSÉ
Enviado por ANCHIETA JOSÉ em 24/05/2023
Código do texto: T7796138
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