CONFISSÃO DE AMOR
Quando estamos longe um do outro,
eu fico imaginando o seu sorriso bobo.
A gente sempre conta os dias ( e as horas)
antes de cada memorável reencontro.
A gente fica olhando o calendário na parede,
na busca frenética de algum dia santo,
torcendo que o próximo feriado
seja em uma sexta-feira ensolarada.
Quando estamos longe um do outro,
eu fico imaginando o seu silêncio,
enquanto nós dois permanecemos estáticos,
observando a imensidão do céu
e o vôo sincronizado das gaivotas
que promovem um baile nas nuvens.
E os meus olhos, quase que sempre,
querendo dizer - lhe algo,
(involuntariamente, é claro)
como se eles estivessem sendo
torturados pelos seus.
O que eles querem? Uma confissão de amor?