(In)tradução
Porque a cada instante
eu te amo,
E a cada afago, a cada riso teu
Com um amor impreciso, relutante,
Amor intraduzível,
impossível de medir-se.
E porque amo com medo do que me trazes
E necessito do medo de perder-te,
E te procuro como quem foge,
E te aguardo como quem dorme...
Até mesmo por rir do absurdo
Encontro de vidas-sonhos em nada (nada?) iguais,
Sei que jamais o poema falará de algum amor
Com fidelidade e exatidão,
como se fosse tradução.