Aqui
Contigo, para as pontes,
para as portas,
para os portos,
para os poros,
para os partos.
Contigo, quando for noite,
quando for tarde,
ou cedo, mas sempre
para se inventar um tempo
de não ter medo
e seguir.
Contigo, por hoje, por hora,
e por cada sonho
(que não demora)
em inventar amanhãs.
Contigo, pelos meus versos,
pelos meus risos
e pelos teus risos, mais.
Contigo, sim, talvez e não.
Contudo, sempre ainda mais:
abertos, as portas e os poros,
atentos, às pontes e portos,
prontos para manhãs
e amanhãs...
apertados os nós.